28/10/09

Despesa com fármacos sobe acima do previsto

Estado gastou mais 47 milhões em comparticipações mas custo para os utentes desceu 64 milhões de euros

As despesas do Estado com medicamentos está a crescer acima dos 3,5% previstos no Orçamento de Estado. A situação é atribuída à subida do consumo de genéricos e ao apoio que lhes foi concedido na comparticipação.

Até Setembro, foram gastos em comparticipações mais 47 milhões de euros do que nos primeiro nove meses de 2008. Trata-se de um aumento de 4,4% - de 1102,6 para 1149,7 milhões -, acima do limite de 3,5% definido no Orçamento de Estado para 2009. E isto apesar de as vendas totais de fármacos terem descido em 18 milhões de euros no mesmo período.

As contas são da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), cujo presidente, entrevistado pela Lusa, acredita que o limite de 3,5% poderá ser quase recuperado até ao final do ano. Sendo que, em 2008, o Estado pagou 1472 milhões em comparticipações, este ano só poderia chegar aos 1524 milhões. "Não ficará muito longe, sendo provável que fique um pouco acima", prevê Vasco Maria, segundo o qual "a despesa com medicamentos tem que continuar a crescer": há mais produtividade nos hospitais e nas unidades de saúde familiar e, portanto, mais consultas; há medicamentos novos, mais caros; há mais idosos e, também por isso, mais doentes crónicos.

Jornal de Notícias,

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