Estado gastou mais 47 milhões em comparticipações mas custo para os utentes desceu 64 milhões de euros
As despesas do Estado com medicamentos está a crescer acima dos 3,5% previstos no Orçamento de Estado. A situação é atribuída à subida do consumo de genéricos e ao apoio que lhes foi concedido na comparticipação.
Até Setembro, foram gastos em comparticipações mais 47 milhões de euros do que nos primeiro nove meses de 2008. Trata-se de um aumento de 4,4% - de 1102,6 para 1149,7 milhões -, acima do limite de 3,5% definido no Orçamento de Estado para 2009. E isto apesar de as vendas totais de fármacos terem descido em 18 milhões de euros no mesmo período.
As contas são da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), cujo presidente, entrevistado pela Lusa, acredita que o limite de 3,5% poderá ser quase recuperado até ao final do ano. Sendo que, em 2008, o Estado pagou 1472 milhões em comparticipações, este ano só poderia chegar aos 1524 milhões. "Não ficará muito longe, sendo provável que fique um pouco acima", prevê Vasco Maria, segundo o qual "a despesa com medicamentos tem que continuar a crescer": há mais produtividade nos hospitais e nas unidades de saúde familiar e, portanto, mais consultas; há medicamentos novos, mais caros; há mais idosos e, também por isso, mais doentes crónicos.
Jornal de Notícias,
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