27/07/09

Esta estrutura económica é uma máquina de gerar pobreza

80% dos reformados da Segurança Social não ganham o equivalente ao salário mínimo.
A taxa de pobreza aumentou entre os que trabalham e entre os que estão desempregados, o que faz com que globalmente se mantenha nos 18% em 2007, último ano do inquérito do INE.
Ainda por cima, as alterações realizadas pelo governo em 2006, ancoradas numa política populista do "vai trabalhar malandro", reduziram a percentagem de desempregados com acesso ao subsídio.
Isto atingiu sobretudo os trabalhadores precários, que auferem salários mais baixos e que são os primeiros a conhecer o desemprego. Hoje temos mais de duzentos mil desempregados sem qualquer apoio. Estas escolhas, por acção e omissão, são coerentes com um código do trabalho liberalizador e traduzem uma recusa política em fixar regras mais exigentes para os mais fortes. Regras que deveriam assegurar um maior equilíbrio nas relações laborais, favorecer a negociação colectiva centralizada e gerar incentivos para a modernização da estrutura produtiva e para o aumento das qualificações.

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