António José Seguro considerou «obscenos» os valores das remunerações referentes a 2009 pagas ao presidente executivo da EDP, que terão atingido 3,1 milhões de euros.
«Em fase de enormes dificuldades e de exigência de sacrifícios aos portugueses, é incompreensível como se atingem estes valores remuneratórios. É uma imoralidade!», refere o ex-ministro de António Guterres e ex-líder parlamentar do PS, numa nota colocada este domingo no seu site.
Em declarações à agência Lusa, António José Seguro reiterou esta posição e observou ainda que a EDP é a empresa mais endividada do mercado de capitais português com 14,007 mil milhões de euros (mais 117 milhões do que em 2008).
De acordo com informação enviada pela EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), António Mexia recebeu em 2009 mais de 1,9 milhões de euros em remunerações fixas, variáveis e prémios plurianuais, ou seja, 0,19 por cento dos 1,024 mil milhões de euros do lucro da eléctrica.
António Mexia recebeu, em 2009, 700 mil euros em salários fixos e 600 mil euros em remuneração variável (que varia segundo objectivos atingidos). A estes valores junta-se um prémio plurianual de mandato de 1,8 milhões de euros, que entra nas contas de 2009 e que corresponde a 600 mil euros por cada um dos três anos.
Assim, o presidente executivo da eléctrica portuguesa irá receber este ano um total de 3,1 milhões de euros, quando a assembleia-geral de accionistas, marcada para 16 de Abril, aprovar as contas de 2009.
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