A média europeia é de mil operações anuais por milhão de habitantes. Portugal fez 605, por milhão de habitantes, em 2008. E o País ainda tem poucos centros de cirurgia.
Apesar de Portugal ser um dos países europeus com mais mortes por doenças do coração, continua a ter uma das mais baixas taxas de cirurgias cardíacas por milhão de habitantes da União Europeia (UE), revela um estudo realizado pela Antares, uma empresa de consultoria internacional na área da saúde.
A média europeia é de cerca de mil cirurgias cardíacas anuais por milhão de habitantes. E em 2008, de acordo com as estimativas da Antares, a taxa em Portugal foi de 605 operações por milhão, tendo em conta o total de intervenções nos hospitais públicos e privados com protocolo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O número de cirurgias cardíacas nacionais corresponde assim a apenas 60% da média comunitária.
A Alemanha e países escandinavos, por exemplo, registam 1100 e 1400 operações por milhão de habitantes por ano (ver mapa).
Portugal deixa também a desejar quanto ao número de centros por habitante para a realização destas operações. Há sete, o que é inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela a análise pedida pelo Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa. Isto apesar de o estudo reconhecer que nos últimos anos houve um grande esforço do Ministério da Saúde para melhorar a resposta às necessidades dos utentes (ver texto em baixo).
"Considerando o número de centros actualmente existentes em Portugal, incluindo a unidade protocolada como o Serviço Nacional de Saúde (ou seja, o Hospital da Cruz Vermelha), para atingir as recomendações da OMS de 1,2 milhões de habitantes por centro de cirurgia cardíaca" o País precisa ainda de mais duas unidades.
Já para alcançar a média da Europa "existiria espaço para mais três", refere a análise da Antares.
Em Portugal Continental, os sete centros de cirurgia cardíaca significam uma unidade para 1,4 milhões de habitantes. As regiões do norte e centro são aquelas onde a carência é maior: existe um centro para mais de 1,8 milhões de utentes.
Já a região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que mais se aproxima das recomendações da OMS. Com quatro centros, três deles públicos e um privado (HCVP), e uma população de 4,4 milhões de habitantes, a região tem uma unidade para cada 1,1 milhões de utentes.
Apesar da esperança média de vida em Portugal se situar ao nível dos principais países europeus, o País apresenta rácios de centros de cirurgia cardíaca inferiores à média da Europa, conclui assim o documento. E com o envelhecimento acentuado da população as necessidades destas operações vão aumentar, alerta.
A manterem-se as taxas de utilização actuais e a proporção entre as necessidades deste tipo de operações e o número de habitantes com mais de 50 anos, em 2030 o problema vai agravar-se.
As necessidades de operações cardiovasculares vão aumentar cerca de 23%, apenas pelo efeito do envelhecimento da população portuguesa, diz o estudo. Um crescimento que só poderá ser atenuado pelo desenvolvimento de tecnologias e uma maior actuação no campo da prevenção e diagnóstico das doenças cardiovasculares, refere o estudo da Antares.
As doenças cardíacas são a principal causa de morte em Portugal, sendo responsáveis por 40% dos óbitos.
Apesar de Portugal ser um dos países europeus com mais mortes por doenças do coração, continua a ter uma das mais baixas taxas de cirurgias cardíacas por milhão de habitantes da União Europeia (UE), revela um estudo realizado pela Antares, uma empresa de consultoria internacional na área da saúde.
A média europeia é de cerca de mil cirurgias cardíacas anuais por milhão de habitantes. E em 2008, de acordo com as estimativas da Antares, a taxa em Portugal foi de 605 operações por milhão, tendo em conta o total de intervenções nos hospitais públicos e privados com protocolo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O número de cirurgias cardíacas nacionais corresponde assim a apenas 60% da média comunitária.
A Alemanha e países escandinavos, por exemplo, registam 1100 e 1400 operações por milhão de habitantes por ano (ver mapa).
Portugal deixa também a desejar quanto ao número de centros por habitante para a realização destas operações. Há sete, o que é inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela a análise pedida pelo Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa. Isto apesar de o estudo reconhecer que nos últimos anos houve um grande esforço do Ministério da Saúde para melhorar a resposta às necessidades dos utentes (ver texto em baixo).
"Considerando o número de centros actualmente existentes em Portugal, incluindo a unidade protocolada como o Serviço Nacional de Saúde (ou seja, o Hospital da Cruz Vermelha), para atingir as recomendações da OMS de 1,2 milhões de habitantes por centro de cirurgia cardíaca" o País precisa ainda de mais duas unidades.
Já para alcançar a média da Europa "existiria espaço para mais três", refere a análise da Antares.
Em Portugal Continental, os sete centros de cirurgia cardíaca significam uma unidade para 1,4 milhões de habitantes. As regiões do norte e centro são aquelas onde a carência é maior: existe um centro para mais de 1,8 milhões de utentes.
Já a região de Lisboa e Vale do Tejo é aquela que mais se aproxima das recomendações da OMS. Com quatro centros, três deles públicos e um privado (HCVP), e uma população de 4,4 milhões de habitantes, a região tem uma unidade para cada 1,1 milhões de utentes.
Apesar da esperança média de vida em Portugal se situar ao nível dos principais países europeus, o País apresenta rácios de centros de cirurgia cardíaca inferiores à média da Europa, conclui assim o documento. E com o envelhecimento acentuado da população as necessidades destas operações vão aumentar, alerta.
A manterem-se as taxas de utilização actuais e a proporção entre as necessidades deste tipo de operações e o número de habitantes com mais de 50 anos, em 2030 o problema vai agravar-se.
As necessidades de operações cardiovasculares vão aumentar cerca de 23%, apenas pelo efeito do envelhecimento da população portuguesa, diz o estudo. Um crescimento que só poderá ser atenuado pelo desenvolvimento de tecnologias e uma maior actuação no campo da prevenção e diagnóstico das doenças cardiovasculares, refere o estudo da Antares.
As doenças cardíacas são a principal causa de morte em Portugal, sendo responsáveis por 40% dos óbitos.
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