23/03/11

O legado de Sócrates

Administração Central passa de superavit a défice

Hoje às 15:09O superavit de mais de 800 milhões nas contas públicas anunciado pelo Governo há seis dias vai ser completamente anulado em Março, mês em que o défice vai ser de quase três mil milhões. No final do primeiro trimestre, o Governo estima um défice na Administração Central de mais de 2.500 milhões. Um número que contrasta com o superavit de quase 360 milhões registado nos dois primeiros meses do ano.

Os números que estabelecem os objectivos trimestrais para a Administração Central foram divulgados, esta quarta-feira, pelo gabinete de Teixeira dos Santos e mostram que, em Março, a despesa corrente do Estado vai ser de cerca de seis mil milhões de euros, quase tanto quanto os sete mil milhões registados nos dois primeiros meses do ano.

No segundo trimestre do ano, o défice vai ser de 8700 milhões, número que sobe apenas 200 milhões no terceiro trimestre.

No final do ano, o saldo negativo deverá ser de mais 9.800 milhões de euros, um valor agora revisto em alta ligeira pelo Governo. O valor previsto na execução orçamental é de 9.770 milhões de euros.

Contactado pela TSF, o Ministério de Teixeira dos Santos confirmou estes números, justificando-os com <<efeitos de sazonalidade>>. Ler mais...

O discurso de Sócrates
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Parece que o discurso do primeiro-ministro brota do mais profundo do seu cérebro, naturalmente, sem vacilar mas é, apenas,  um truque electrónico! As frases estão a correr nos écrans dos dois pontos electrónicos assentes no soalho, à direita e à esquerda da tribuna, e são reflectidas por duas placas, transparentes para o observador mas espelhadas para José Sócrates, bem visíveis na fotografia. Basta-lhe virar a cabeça para a direita e para a esquerda e ir lendo as frases que estão a passar nas placas. Acaba de se demitir um primeiro-ministro que andou seis anos a fazer propaganda de um país virtual. Pode-se ver aqui um resumo da última trapalhada de José Sócrates.

1 comentário:

  1. Quem se admira? São os mesmos que, em 2009, celebraram contratos por ajuste directo em que gastaram 28 milhões de euros em publicidade,15 milhões de euros em viagens, 4,4 milhões de euros em espectáculos pirotécnicos, 600 mil euros em concertos de Tony Carreira e 82 mil euros em flores para a residência de José Sócrates. E que em 2011, ano de contenção económica, se propuseram gastar muito mais em combustíveis, seminários e publicidade.

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