16/01/11

Desemprego, inflação, ausência de liberdade e corrupção das classes dirigentes

Os protestos na Tunísia começaram em Dezembro após o suicídio de um jovem diplomado no desemprego, a quem a polícia confiscou a banca de fruta que garantia a sua subsistência.

A recente revelação de comunicações secretas norte-americanas pelo site de denúncias Wikileaks, que referem os negócios corruptos da família de Ben Ali, que controla a economia do país, também inflamaram o mal-estar dos tunisinos, que após décadas de estabilidade e relativa prosperidade, sentem de forma particularmente dura os efeitos da crise financeira internacional.

Perto de uma centena de pessoas terá morrido durante os confrontos das últimas semanas, apesar dos números oficiais darem conta de pouco mais de 20 vítimas.

Os acontecimentos são descritos por analistas como um «terramoto», «algo inaudito». O derrube do líder autoritário tunisino perante o poder das ruas é visto com surpresa na generalidade do mundo árabe, onde vários países contam com os mesmos ingredientes que causaram a presente onda de contestação em Tunes: o desemprego, a inflação, a ausência de liberdade e a corrupção das classes dirigentes.

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