O Governo optou por congelar os salários da Função Pública e entre os sindicatos já há um apelo para um protesto conjunto.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, tinha vindo a repetir que, em 2010, não haveria um aumento real dos ordenados, mas revelou na terça-feira à noite que o Governo vai mais longe e vai defender um aumento zero para os trabalhadores do Estado.
Os líderes das três estruturas sindicais da Função Pública confessam-se indignados com o congelamento dos salários.
Betencourt Picanço, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, lança mesmo um desafio ao defender a união de todas as estruturas sindicais num grande protesto nacional, porque a culpa pelo descalabro das contas públicas não pode ser atribuído à Função Pública.
A FESAP, como adianta Nobre dos Santos, prepara-se para enviar uma carta ao ministro das Finanças uma carta de protesto contra o congelamento dos salários.
A Frente Comum, afecta à CGTP, tinha já convocado uma manifestação para 5 de Fevereiro e espera agora nesse protesto que fique clara a indignação dos funcionários públicos face à opção que foi tomada pelo Governo.
Para a Administração Pública, o Governo decidiu também antecipar o período de transição do regime da Caixa Geral de Aposentações para a Segurança Social, pelo que, já este ano, os funcionários que se reformem antecipadamente vão sofrer uma penalização de 6 por cento contra os 4 cento que estavam até agora em vigor.
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