No último ano, 6 em cada 10 famílias tiveram dificuldade em seguir tratamentos médicos devido a problemas financeiros, revela um inquérito da DECO PROTESTE a 1639 famílias portuguesas.
Quase metade daqueles agregados foi obrigado a adiar uma terapia, um quinto interrompeu-a e outros tantos nem ponderaram iniciá-la, por impossibilidade de pagar. Nas últimas condições estão 650 mil famílias, segundo estimativas da associação.
Os lares com baixos rendimentos, os que incluem apenas um adulto e crianças menores e os que integram doentes crónicos manifestam mais problemas em suportar os custos.
Um quinto já se endividou para despesas de saúde e 15% fizeram-no no último ano. Cada agregado pediu, em média, € 1100, sobretudo, a familiares. Quatro em cada 10 revelaram muitas dificuldades em liquidar a dívida.
Grande parte dos créditos destinou-se a serviços de saúde privados, muitas deles, também existentes no Serviço Nacional de Saúde. Mas as longas listas de espera determinaram a decisão pelo privado, conclui a TESTE SAÚDE.
O estudo mostra ainda que 7 em cada 10 famílias gastam uma média de 1700 euros por ano do seu bolso em saúde, o que representa, em média, cerca de um quinto do rendimento anual líquido.
A maior fatia das despesas é absorvida pelos cuidados dentários e oftalmológicos, com gastos médios anuais de € 550 e € 465, respectivamente.
A DECO pede respostas adequadas do Serviço Nacional de Saúde, pelos seus meios ou através de convenções, e a atenção especial do Estado aos grupos mais vulneráveis, como as famílias de baixos rendimentos, monoparentais e com crianças, e as que incluem doentes crónicos.
DECO, 26 Janeiro 2010
DECO, 26 Janeiro 2010
Depesas totais em saúde são mais pesadas em Portugal do que na Grécia, apesar da Grécia ter mais idosos.
ResponderEliminar