Sismo do Chile foi 800 vezes mais forte que o do Haiti
A energia libertada terá sido de cem milhões de toneladas. A bomba atómica de Hiroxima tinha apenas seis toneladas.
O sismo que atingiu o Chile, de 8,8 graus na escala de Richter, foi 700 a 800 vezes mais forte que o do Haiti, em Janeiro, de 7,0 graus. E tem uma dimensão histórica: é dos maiores de sempre. "Por cada grau de magnitude, a energia libertada multiplica-se por 30", explicou ao DN Luís Matias, professor do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa. A energia libertada terá sido de cem milhões de toneladas. A bomba nuclear que dizimou Hiroxima tinha apenas seis.
Culpa da zona sísmica e do 'encolhimento' do Pacífico."O país está muito bem treinado para este tipo de situações e parece que os alertas de tsunami chegaram a tempo", acrescentou o professor. Estima-se que 70% dos sismos mais fortes ocorram nesta região. O maior alguma vez registado foi de 9,5 graus, também no Chile. "O país localiza-se junto ao chamado Anel do Pacífico, numa zona de placas de subducção, que são as mais perigosas e aquelas que mais facilmente desencadeiam grandes terramotos e tsunamis", contou Luís Matias. A placa de Nazca está a mergulhar sob a da América do Sul a um ritmo de sete a oito centímetros do ano, o que explica porque é que se diz que o Pacífico está a "encolher". É o que explica, aliás, a formação geológica dos Andes e o número de vulcões activos na zona.
Mas o tsunami não implica ondas gigantes: "Num sítio a onda pode atingir três metros de altura, mas logo ao lado, ser menos de 20 centímetros."
DN Portugal
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