13/05/10

O sapo e o escorpião

"Um escorpião, encurralado entre a margem de um rio e um incêndio que se aproximava, pediu a um sapo que o levasse para o outro lado. O sapo recusou, receoso que a meio da viagem o escorpião lhe ferrasse o aguilhão provocando-lhe a morte. O escorpião argumentou que não tinha nenhum interesse nisso pois se o ferrasse não se conseguiria salvar, nem do incêndio, que se aproximava, nem de se afogar no meio do rio. O sapo achou o argumento lógico e confiou no escorpião. Abeirou-se da margem e deixou-o subir para as suas costas. Começou a nadar em direcção à outra margem mas, quando chegou a meio do rio, o escorpião não se conseguiu conter. Espetou o aguilhão no sapo e descarregou nele o seu veneno mortífero. Enquanto sentia o efeito do veneno a paralisar-lhe os movimentos, e antes de se afundar no rio, ainda conseguiu perguntar: «Porque que me matas se sabes que para ti é um suicídio?» Ao que o escorpião respondeu: «É a minha natureza, nada posso contra ela.»

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