Indústria diz que não consegue colocar no mercado os remédios que baixaram de preço na data prevista por lei (1 de Julho).
A indústria farmacêutica está impedida de aumentar os preços dos medicamentos que já estão no mercado português, mesmo que sejam mais baixos do que os praticados noutros países europeus. A regra faz parte da portaria que foi ontem publicada e que define ainda as regras da revisão anual dos medicamentos.
A medida é positiva para utentes e SNS, especialmente devido ao actual panorama de crise financeira, que está a obrigar a cortes nos mais diversos sectores. Mas não para a indústria, que esperava poder fazê-lo a partir de 2010.
Os preços dos medicamentos têm de ser comparados todos os anos com os de quatro países de referência - Itália, Espanha, Grécia e França. E de acordo com a última portaria, os preços não podiam ser aumentados em 2007, 2008 e 2009, mesmo que a média de preços destes países fosse superior à de Portugal. Esta regra era suposto ser transitória, mas a portaria ontem publicada em Diário da República deixa bem claro que os preços não podem subir e que a medida só será alterada se houver nova portaria a revogá-la.
A portaria publicada destina-se sobretudo a regular as reduções de preços, sempre que estes sejam mais reduzidos nos países europeus. Porém, tal como o DN noticiou ontem, a indústria não vai ser capaz de transferir as reduções de preços para os utentes na data prevista, neste caso 1 de Julho.
Apesar de a Apifarma ter solicitado o adiamento dos prazos, a lei não alterou a data de entrega das listas com os preços previstos - 15 de Junho, terça-feira. Várias empresas garantiram ser impossível comparar preços e enviar as listas de medicamentos em dois dias e a Apifarma manteve o pedido de adiamento.
Apesar de haver um prazo de 60 dias para os armazenistas escoarem os produtos, a indústria tem de remarcar os que já estavam em produção. "Só depois de enviar a lista de preços é que podem fazer as alterações, o que provocará atrasos no mercado", disse fonte da indústria.
Apesar de em 2008 ter havido 44 mil apresentações de 12 mil remédios, só os que custam mais de 5 euros (de marca) e 3,5 euros (genéricos) é que são objecto de comparação com outros países.
Os medicamentos têm preços tabelados ? ou cada farmácia tem os seus preços.?
ResponderEliminarTenha em consideração que esta notícia é de 2010, está desactualizada e muitas alterações aconteceram. As famácias podem divergir nos preços dependendo de ter, ou não, determinado medicamento em stock. Para aceder aos custos (mas só aos actuais) de cada medicamento consulte aqui http://www.infarmed.pt/genericos/pesquisamg/pesquisaMG.php
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