10/06/10

O estado preocupante da saúde

em CALDAS DA RAINHA

A Câmara e quatro Juntas de Freguesia do concelho das Caldas da Rainha exigiram, hoje, terça-feira, à Administração Regional de Saúde soluções para os 6800 doentes sem médicos nas extensões de saúde."Vamos pedir uma reunião à ARS de Lisboa e Tejo porque a situação que se vive nestas freguesias é de extrema gravidade" anunciou, hoje, terça-feira, o presidente das Caldas da Rainha, Fernando Costa, numa conferência conjunta com as quatro juntas de freguesia afectadas pela redução de médicos.

A saída de médicos das extensões de saúde para unidades de saúde familiares afecta as freguesias de Alvorninha, Carvalhal Benfeito, Santa Catarina e Landal.

Nas freguesias de Alvorninha, Carvalhal Benfeito e Landal, as consultas oscilam entre períodos de dois dias e meio e quatro horas por semana.

Santa Catarina, com quatro médicos e consultas diárias, era até a freguesia menos prejudicada, mas, segundo o presidente da Junta, Rui Rocha, "os doentes vão estar 18 dias sem médico".

A situação decorre do facto o único médico vinculado à extensão de saúde se encontrar de férias e, de acordo com o autarca, "os outros três serem de empresas de prestação de serviços que, por terem que substituir médicos de férias noutros locais, não terem ninguém para pôr em Santa Catarina".

A dificuldade em conseguir consultas levou já vários habitantes das quatro freguesias a inscreverem-se nas Unidades de Saúde Familiar da sede de concelho, mas os autarcas lamentam que "ficam desprotegidos, sobretudo, os idosos e pessoas sem mobilidade que não têm transporte".

O problema tem vindo a ser discutido com o agrupamento de Centros de Saúde Oeste-Norte, que se mostrou favorável a que as freguesias do Interior do concelho criassem uma Unidade de Saúde Familiar para todos os utentes das freguesias.

Mas os seis meses de conversações não resultaram ainda em qualquer medida concreta para a situação dos 6 800 doentes que, segundo o presidente da Câmara, "são obrigados a recorrerem às urgências do centro de saúde e do hospital", onde, acrescentou, "chegam a esperar, 10, 12 e 14 horas para serem atendidos".

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